Trovas para o Dia de Finados 2014
por Olivaldo Júnior
Se o amor que tu me tinhas
fosse vidro e se quebrasse,
colaria a mim com as linhas
que o Silêncio me ofertasse...
Cada pedra no jardim
foi a flor que mais amava;
hoje, resta só capim,
neste chão que iluminava!...
Dos finados para a vida,
nascem vivos para o além;
cada um tem a partida
que "fiou" do próprio bem.
Corações são serpentinas
para a festa arlequinal;
mas as almas, bailarinas,
pulam outro Carnaval...
Duma lápide sombria,
entre um cravo e sua rosa,
um poeta, em poesia,
volta à vida, todo "prosa"...
16h59min
Mogi Guaçu, São Paulo, vinte e oito de outubro de 2014.
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