Se os lábios estão calados,
os olhos tudo propalam.
Por isto é que os namorados
olham-se mais do que falam.
*
Tão bom é o teu coração,
que se cometo um pecado,
antes de pedir perdão
já sei que estou perdoado.
*
Beijo tantas, tantas vezes,
teu retrato, meu amor,
que o tenho a bem poucos meses
e já vai perdendo a cor...
*
No meu coração, um dia,
veio a tristeza habitar;
achou triste a moradia,
de lá saiu a chorar.
*
Saudade, ponte estendida
entre o passado e o presente.
E o tempo - rio da vida -
a correr eternamente.
*
Viverias sem vontade,
desejarias morrer,
se sofresses a metade
do que me fazer sofrer.
*
Eu da morte não me esquivo,
nem procuro me esconder:
se estou mais morto que vivo,
puco me custa morrer...
*
Entre lágrimas e preces,
meu amor, vou te escrevendo...
ai, pena, se tu soubesses
as penas que estou sofrendo.
*
HINO DE NOVA FRIBURGO
.
.
Friburguenses, cantemos o dia
Que surgindo glorioso hoje vem,
Nesta plaga onde o amor e a poesia
São como as flores nativas também
Escutando os rumores da brisa,
Refletindo esse céu todo azul,
O Bengalas sereno desliza
Sob o olhar do Cruzeiro do Sul.
.
Estribilho
.
Salve, brenhas do Morro Queimado,
Que os suiços ousaram varar,
Pois que um século agora é passado,
Vale a pena esse tempo lembrar.
Que surgindo glorioso hoje vem,
Nesta plaga onde o amor e a poesia
São como as flores nativas também
Escutando os rumores da brisa,
Refletindo esse céu todo azul,
O Bengalas sereno desliza
Sob o olhar do Cruzeiro do Sul.
.
Estribilho
.
Salve, brenhas do Morro Queimado,
Que os suiços ousaram varar,
Pois que um século agora é passado,
Vale a pena esse tempo lembrar.
.
Do suspiro na fonte saudosa,
Há três almas que gemem de dor,
Repetindo esta prece maviosa
Da saudade, do ciúme e do amor
Estas serras de enorme estatura,
Alcançando das nuvens o véu,
São degraus colocados na altura,
São escadas que vão para o céu.
.
Estribilho
Do suspiro na fonte saudosa,
Há três almas que gemem de dor,
Repetindo esta prece maviosa
Da saudade, do ciúme e do amor
Estas serras de enorme estatura,
Alcançando das nuvens o véu,
São degraus colocados na altura,
São escadas que vão para o céu.
.
Estribilho
.
Salve, brenhas do Morro Queimado,
Que os suiços ousaram varar,
Pois que um século agora é passado,
Vale a pena esse tempo lembrar.
.
Coroemos de versos e flores
A Princesa dos Órgãos, gentil,
Embalada em seus sonhos de amores
Das aragens ao canto sutil.
Em teu seio de paz e bonança,
Sono eterno queremos dormir,
Doce anelo de nossa esperança,
Esperança de nosso porvir!
.
Que os suiços ousaram varar,
Pois que um século agora é passado,
Vale a pena esse tempo lembrar.
.
Coroemos de versos e flores
A Princesa dos Órgãos, gentil,
Embalada em seus sonhos de amores
Das aragens ao canto sutil.
Em teu seio de paz e bonança,
Sono eterno queremos dormir,
Doce anelo de nossa esperança,
Esperança de nosso porvir!
.
Estribilho
.
Salve, brenhas do Morro Queimado,
Que os suiços ousaram varar,
Pois que um século agora é passado,
Vale a pena esse tempo lembrar.
Que os suiços ousaram varar,
Pois que um século agora é passado,
Vale a pena esse tempo lembrar.
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Letra: Franklin Coutinho. Música: Sérvio Lago
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FRANKLIN COUTINHO
é natural de Niteroi - Rj, aonde nasceu em 1891, aí viveu a maior parte de sua vida, foi funcionário dos correios, colaborou em várias publicações literárias, entre jornais e revistas, como A REVISTA e integrou o CENÁCULO AMBULANTE; é Autor da Letra do Hino do Centenário de Nova Friburgo e lançou em 1911 o primeiro livro de trovas dedicado ao gênero no Brasil. Faleceu em 1954.
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