Arlindo Almeida da Nóbrega - SP
***
LITERARTE-SP on LINE
***
1
Na bagagem muita fé,
muita coragem e amor.
é o velho Victal a pé,
de São Paulo a Salvador.
2
Ele pensa que é bonito,
sim, que é bonito ser feio,
o meu amigo Benedito,
de lá do Engenho do Meio.
3
Na Paraíba machona,
eu conheço até ingá,
e tudo lá me apaixona,
afinal, eu sou de lá.
4
Eta minha João Pessoa,
capital cabra da peste,
esta aqui não é a-toa,
a mais linda do nordeste.
5
O carnaval pra mim já era,
samba, só samba-canção,
batucada? Quem me dera!
Basta a do meu coração.
6
Quando o rio correr pra cima,
e na água se der um nó,
eu juro por esta rima:
serei de uma mulher só.
7
No teu tomara que caia
ao me apoiar deslizei,
pensando estar numa praia,
dentro de ti mergulhei.
8
Mais ágil que o pensamento,
bem mais que o som e a energia
acredite, fique atento,
é a forte disenteria.
*
O ar é tudo, é nossa vida,
não a fortuna e a falação,
e se disso alguém duvida
que prenda a respiração.
9
Março, dia dezenove,
consagrado a São José,
nordestino se comove
pedindo chuva com fé.
10
Como o leve beija-flor,
eu também paro no ar,
basta lembrar teu amor
e começo a levitar.
***
Nenhum comentário:
Postar um comentário