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Da "flor de ir embora"
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Mundo exausto de suicídios,
tão cansado de tristezas,
hoje assiste aos homicídios
de milhões de naturezas.
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O "enforcado" pela vida
viu na morte a solução,
sem saber que tal "saída"
leva os vivos de roldão.
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Frágil "flor de cemitério"
fortalece o que é verdade:
quando alva, só mistério,
quando roxa, só saudade...
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Um amigo disse adeus,
e um clarão se fez no escuro:
cada lágrima de Deus
enche o mar dos sem-futuro.
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Não importa a realidade,
triste fado, fardo leve...
A esperança da saudade
é saldar o que se deve.
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Olivaldo Júnior
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Mogi Guaçu, São Paulo, 12 de agosto de 2014.
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