terça-feira, 12 de agosto de 2014

Da "FLOR DE IR EMBORA" * OLIVALDO JÚNIOR - SP

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Da "flor de ir embora"
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Mundo exausto de suicídios,
tão cansado de tristezas,
hoje assiste aos homicídios
de milhões de naturezas.
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O "enforcado" pela vida
viu na morte a solução,
sem saber que tal "saída"
leva os vivos de roldão.
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Frágil "flor de cemitério"
fortalece o que é verdade:
quando alva, só mistério,
quando roxa, só saudade...
 *
Um amigo disse adeus,
e um clarão se fez no escuro:
cada lágrima de Deus
enche o mar dos sem-futuro.
 *
Não importa a realidade,
triste fado, fardo leve... 
A esperança da saudade
é saldar o que se deve.
 *

Olivaldo Júnior
*

Mogi Guaçu, São Paulo, 12 de agosto de 2014.

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